segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

País Rico é País sem Pobreza


Por estes dias, assistindo a um pronunciamento da presidente Dilma, observei que ao fundo existia um grande banner com os dizeres mencionados no título desta postagem, então pensei, a que tipo de Pobreza o mesmo se referia, seria a Pobreza Monetária ou a Pobreza Intelectual?

Infelizmente acabei por descobrir que realmente se tratava da Pobreza Monetária, pois nossos governantes não estão nem um pouco preocupados em suprir as necessidades intelectuais de nosso povo, já que um povo alienado é muito mais fácil de enganar, reprimir e extorquir, sim extorquir, pois não existe outra palavra para descrever a infinidade de impostos que somos obrigados a pagar, e ainda assim não obter retorno.
Estou mais que convencido que a base para uma sociedade igualitária independente da ideologia política está na educação, ou seja, na riqueza intelectual, esta que nossos governantes não nos permitem, apenas mascaram uma realidade deprimente e que se revela ao sabermos que no Ranking mundial de desenvolvimento da Educação estamos à frente somente da Indonésia, um País minúsculo, que caberia dentro de um estado Brasileiro.

Nosso governo hoje se gaba de ser credor do Banco Mundial, de emprestar dinheiro para grandes potências em decadência, enquanto seu povo se sente abandonado, carente de atenção daqueles que outrora pediram seu voto de confiança para mudar a história do País, mas que hoje estão muito mais preocupados em esconder suas falcatruas, e desvios de verba, verbas estas que poderiam ser investidas na construção, manutenção e qualidade das escolas públicas, e também na capacitação e valorização do profissional de educação, que hoje trabalha por amor, pois se desejasse trabalhar por dinheiro não teríamos mais escolas abertas, já que seus vencimentos são um tanto deprimentes e desmotivadores, que não os possibilitam nem investir em capacitação.

Não adianta criar programas de incentivo ao ensino superior, se não cuidarmos primeiro da educação básica, fundamental e Ensino Médio, que tem a incumbência de formar os possíveis candidatos as vagas universitárias. Quem sabe se houvesse formação de qualidade nas instâncias anteriores ao Ensino Superior, não se fizesse necessário o uso de cotas, pois todos teriam possibilidades iguais de conquistar sua vaga na universidade, principalmente as Federias, que deveriam ser ocupadas em sua maioria por estudantes carentes, mas que na realidade são ocupadas por estudantes que têm possibilidade de arcar com os custos de um curso superior privado, que é para onde vão os estudantes de baixa renda que deveriam estar nas instituições federais, gastando quase todo seu salário para obter a formação superior que nos dias de hoje está sendo exigida para se obter um emprego bem remunerado, exceto para os professores, que investem em sua formação, mas não recebem o retorno por este investimento.

O que nos leva a fazer a seguinte pergunta: Será que haveria a necessidade das Instituições educacionais privadas cederem bolsas de estudo ou o governo financiar os estudos de um cidadão, se o mesmo tivesse uma educação pública que o colocasse em condições de disputar em caráter de igualdade uma vaga nas Instituições Federais com outros de condição financeira igual ou superior a sua? E também será que com uma educação pública decente não teríamos melhoras consideráveis em outros setores, como por exemplo, saúde e segurança pública? Eu particularmente creio que sim!

Há quem diga que um País de sucesso é aquele em que existem mais Escolas que prisões, mas para que esta condição exista, será necessária uma mudança de postura de nossos governantes, pois esta mais que provado que qualidade sempre se sobrepõe a quantidade, e que para que a educação atinja seu objetivo, precisamos parar com o pensamento voltado apenas para o “ter escola”, e começar a praticar o “ser escola”.

By: Rivaldo Yagi

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